domingo, 4 de outubro de 2009

Medo.

Há alguns dias uma sensação de puro desconforto e medo vem me perseguindo...
Olhar na janela está sendo torturante. Os pensamentos ruins simplesmente ganham espaço e sofro por antecipação, por imaginar que a qualquer momento, quando o dia amanhecer, eu simplesmente não vou vê-lo mais.. Que a vida vai te levar de mim, dos meus olhos, do meu sorriso[...]
É triste saber o próximo passo da vida, sabendo que ele não é injusto, que é um fato e mesmo assim não se conformar com ele! Eu não aceito!
A morte foi a criação mais mal arquitetada que ja existiu, eu não aceito e nem entendo! Determinadas pessoas deveriam ser eternizadas além do pensamento. Mesmo aqueles que não são pessoas, mas que recebem amor e atenção como tal.. porque consolam no silêncio, alegram-se com a chegada, sentem ciúmes das visitas, comem tudo que veem pela frente, e só usam a força para se defender.
Esses sim deveriam ser eternizados, eles sim merecem zêlo.
Eu cresci junto com ele, observando a sua maturidade, sendo recebidaa cheia de amor quando chegava da escola e agora do trabalho, defendida, lambida, amada e confortada nos momentos mais tristes. E agora ele se vai. Se vai porque o tempo destrói, não porque quer. Se vai porque sente dores, e talvez essa seja a solução. Mais e eu?
O que posso desejar? Que ele esteja sem dor, mas longe, sem eu nem saber onde?!
Ou que fique perto, bem perto onde meus olhos alcancem, mas sofrendo fisiologicamente?
Quem tem a chave, para abrir a porta entitulada 'dilema'?
Agora eu sou pó, só sei sofrer e chorar, mesmo te vendo, sabendo que nunca mais irei. E dói, dói tanto...
















(texto dedicado ao meu companheiro mais precioso, que não me julga, não me decepciona, não me machuca e não cobra nada de mim, o meu cachorro).

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